Para tua Informação... O festival da nossa vergonha!

O festival da nossa vergonha!

Está aqui! Chegou! É Maio! O mês de todas as decisões, no futebol chega ao fim uma época de loucos, é o mês de Maria ou como os adolescentes dizem “o mês em que a minha mãe me obrigou a ir à missa” e é também o mês de algo grandioso, glamoroso, prestigioso… o Festival Eurovisão da Canção! Ou como os Portugueses o descrevem “a coisa que nunca vamos ganhar” mas isso vai acabar! Como cidadão Português e muito preocupado com temáticas que não interessam para nada, tomei a liberdade de elaborar uma lista de ideias que tenho para ganhar este prestigioso torneio musical.

Número um- Nunca cantar em Português! Aqui Portugal parte em desvantagem porque falamos português. O português é uma língua complicada até para nós, imaginem para quem nunca ouviu, a única forma de uma música em português ganhar o festival é se for cantada pelo Jorge Jesus… porque parece que é outra língua…

Número dois- Temos que enviar um pouco de nós e da nossa tradição para o festival, por aquilo que entendi na minha pesquisa exaustiva sobre esta temática, todos os países envolvidos enviam um pouco das suas culturas, nós temos de enviar políticos corruptos a tocar cavaquinho, não há nada mais português que isso!

Número três- Deixar de lado a “pequenez”, pensamos que não ganhamos porque somos pequenos, não, nós não ganhamos porque as nossas músicas não prestam, músicas feitas pelo Emanuel? Nem para Portugal prestam quanto mais para a Europa… o Luxemburgo ganhou uma serie de vezes e é pequeno, o Mónaco ganhou uma vez e nem sequer é um país, por isso a pequenez não é um fator, e se alguém se pergunta, “mas oh Ricardo o Luxemburgo já não ganha há muitos anos pois não?” eu respondo, sim! E vocês perguntam “então e porquê?” E eu respondo, talvez seja porque perto de 40% dos emigrantes no Luxemburgo são Portugueses.

Número quatro- Pelo amor de Deus acordem! Já por duas vezes ganharam transsexuais em 1998 com Israel (ou como os neonazis dizem, “a justificação para o holocausto”) e em 2014 com um transsexual de barba, e nós aqui a dormir com o Castelo Branco à mão, e ainda por cima tem músicas, o “pata pata”.

Se conjugarmos isto tudo, de certeza que ganhamos este festival, esqueçam os ABBA, enviem um Castelo Branco a tocar cavaquinho depois de ter desviado milhões de euros de um banco e a cantar inglês bêbedo com um garrafão de vinho na mão e a bater numa mulher e temos sucesso garantido, nada é mais português que isso.

Ricardo "Maria" Ribeiro