É Setembro! Chegou ao fim a ansiedade de muitos caloiros que enfrentam um grande ano, e chega também ao fim a ansiedade de muitos "doutores" em se transformarem em belos asnos. Sim! Irei falar sobre praxes ao longo deste texto, as praxes são (segundo quem praxa) um ritual de inclusão para os novos estudantes, aquilo que se esqueceram de referir é que as praxes são bem mais que isso, as praxes servem também para humilhar. Estes "doutores" esquecem-se de que não estão acima da lei, sim! lei! pois algumas praxes são sem sombra de duvida criminosas. Posto isto, tenho também a revelar que sou a favor da praxe, é verdade, eu sei que parecia o contrário mas de facto sou a favor da praxe, sou a favor de uma praxe divertida, uma praxe que ajude de facto os caloiros a integrarem-se, uma praxe que possa ser usada para a solidariedade. Ao contrário do que muitas mentes brilhantes possam pensar nem toda a gente que praxa é descendente de lucifer, ou seja, não tem como missão causar mal a outros seres humanos. O problema das praxes reside no facto de a maioria das pessoas que opina sobre elas nunca ter sido praxada, se fossem, saberiam que a maioria das pessoas que praxa não são os criminosos que tanto apregoam. Não sou cego, vi muita coisa acerca da praxe que não me agradou, não me agradam praxes sem conteúdo nem substância, e o problema na actualidade é mesmo esse, a maioria das praxes neste momento é... qual é aquela palavra? ESTÚPIDA! Sejam originais, pôr pessoas a fingirem que são animais é ideia de um programa de tv Coreano. Quem praxa tem de ter noção que existe uma grande atenção dos media, e se algo correr mal essa atenção fará com que a imagem da praxe seja ainda mais destruída, por isso alguém me pode dizer com calma QUE MERDA FOI AQUELA NO ALGARVE! Quem foi que pensou que seria boa ideia enterrar pessoas na areia e obrigá-las a beber álcool? É cada vez mais difícil para um individuo que seja a favor da praxe defender a mesma.
Há um argumento de quem é anti-praxe que para mim não tem substância, dizem que quem se recusa a participar nas praxes é posto de parte de propósito, isso na minha humilde opinião não é um argumento aceitável, vejamos, a maioria dos caloiros vai à praxe, trocam números de telemóvel, é normal que se comecem a dar melhor uns com os outros do que com quem não está presente na praxe, pode não parecer, mas não é de propósito que os caloiros que são anti-praxe não têm uma relação mais forte com os colegas, simplesmente é normal que quem passa mais tempo junto crie uma relação mais forte . Outro argumento que me deixa confuso é o de que são obrigados a tudo e mais alguma coisa, pelos vistos a lei do livre arbítrio não existe na universidade, eu sempre pensei pela minha cabeça e sempre que me pareceu que algo era demasiado excessivo eu recusava-me a realiza-la, os caloiros têm de começar a perceber que podem dizer não, aceito que possam sentir pressão para executar as ordens dos trajados mas digam não! Ninguém te pode obrigar a fazer nada que não queiras. Para terminar quero apenas dizer que me diverti imenso nas praxes, disse não, disse sim, conheci pessoas e fiz amigos para a vida, a vida académica é muito mais do que aparece nos jornais, o que aparece nos jornais é pura maldade de gente parva e mal formada.


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