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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Às Quartas com os Outros - Parte 2

Continuação…

Mas antes da visita, quero contar-vos que, durante os longos meses que falávamos, ele tentava fazer-me ciúme com outras raparigas, igual ao que parecia sentir com os meus amigos. Uma delas, eu conhecia. Tinha trabalhado comigo e, então, tentei falar-lhe para que não caísse no mesmo enredo, porque já bastava eu, e a história estava a complicar-se. No entanto, uma vez que eles já tinham conversado virtualmente os dois, antes da minha abordagem a ela, quem passou por ciumenta fui eu, e vi-me na impossibilidade de avisar a pessoa, que devia ter cuidado com ele. Ou seja, ela não acreditou na palavra de quem conhecia (eu) e acreditou na palavra de alguém que só conhecia virtualmente (ele; mas quem era eu com aquela moral)
Adiante… chegámos ao hospital, tentámos visitar a pessoa, a qual eu sabia nome completo e contato. Dei o nome na receção, completo, repartido, em metades e….  o nome não constava na lista de internamento nem em outra lista qualquer do hospital! Pediram-me o contacto, o qual eu dei de imediato e, na base de dados daquele hospital particular, aquele contacto pertencia a uma mulher!
Sim!! Aí fez-se luz! O nome era da melhor amiga dele que, por sinal é a única que eu conheço em carne e osso (apesar de ser apenas de vista), e que mora relativamente perto de mim, e que é… LÉSBICA!
Isso mesmo… descobri então (juntando várias peças da história, que não foram fazendo muito sentido ao longo do tempo) que durante meses fui enganada por uma lésbica que, com um esquema muito mas MUITO BEM montado me enganou a mim, e às pessoas à minha volta! Não existiu rapazinho, nem existiu doença nenhuma! Existia apenas uma mulher frustrada, segundo soube depois, por a última companheira ter falecido de leucemia, e por a mãe também sofrer de cancro.
A minha família, inclusive pais, foram igualmente abordados virtualmente por ela, fazendo-se passar por ele, a pedir justificações do meu afastamento e desaparecimento, justificando que o meu apoio era crucial para o bem-estar dele, devido à fase terminal da doença em que se encontrava!
Toda a gente, que de início não teve conhecimento, se emocionou com a abordagem que foi feita por ele, a lamentar-se da sua triste vida e do meu afastamento!

Felizmente que os meus pais, família e amigos chegados me ajudaram depois a sair desta história que parecia nunca mais ter fim… foi jogo muito baixo daquela lésbica doente mental (e atenção que nada tenho contra orientações sexuais).
Descobrimos posteriormente que as contas de facebook falsas dela são mais de 10, e que se deu ao trabalho de criar uma rede falsa de amigos com fotos de outras pessoas (que também descobri a origem, posteriormente), para tornar esta história credível a quem ela tenta enganar! E o que importa para ela, é que consegue! Porque a pessoa de quem utiliza as fotografias tem efetivamente uma doença, e as fotos que ele posta nas redes sociais em hospitais e etc, são utilizadas por ela para enganar pessoas!
E hoje, sempre que tento alertar alguém que eu sei que está a ser vítima dela com o mesmo esquema, chamam-me doida! Tal não é a credibilidade daquele perfil e a persuasão das suas palavras!
Tive vergonha, durante muito tempo que tal me tivesse acontecido, mas o meu pai sempre me disse que não devemos nos envergonhar se agirmos de consciência tranquila e de coração cheio!
E eu que pensava que estas coisas… só em filmes!

Ela anda por aí, meninas, e bem perto de algumas de vocês! Eu sei quem é, e tenho provas disso comigo, e outra coisa importante também comigo… e do meu lado: a polícia! ;)





Joana Chambel
26 anos
Ponte de Sor
Educadora Social

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