Continuação…
Mas antes da visita, quero contar-vos que, durante os
longos meses que falávamos, ele tentava fazer-me ciúme com outras raparigas,
igual ao que parecia sentir com os meus amigos. Uma delas, eu conhecia. Tinha
trabalhado comigo e, então, tentei falar-lhe para que não caísse no mesmo
enredo, porque já bastava eu, e a história estava a complicar-se. No entanto,
uma vez que eles já tinham conversado virtualmente os dois, antes da minha
abordagem a ela, quem passou por ciumenta fui eu, e vi-me na impossibilidade de
avisar a pessoa, que devia ter cuidado com ele. Ou seja, ela não acreditou na
palavra de quem conhecia (eu) e acreditou na palavra de alguém que só conhecia
virtualmente (ele; mas quem era eu com aquela moral)
Adiante… chegámos ao hospital, tentámos visitar a
pessoa, a qual eu sabia nome completo e contato. Dei o nome na receção,
completo, repartido, em metades e…. o
nome não constava na lista de internamento nem em outra lista qualquer do
hospital! Pediram-me o contacto, o qual eu dei de imediato e, na base de dados
daquele hospital particular, aquele contacto pertencia a uma mulher!
Sim!! Aí fez-se luz! O nome era da melhor amiga dele
que, por sinal é a única que eu conheço em carne e osso (apesar de ser apenas
de vista), e que mora relativamente perto de mim, e que é… LÉSBICA!
Isso mesmo… descobri então (juntando várias peças da
história, que não foram fazendo muito sentido ao longo do tempo) que durante
meses fui enganada por uma lésbica que, com um esquema muito mas MUITO BEM
montado me enganou a mim, e às pessoas à minha volta! Não existiu rapazinho,
nem existiu doença nenhuma! Existia apenas uma mulher frustrada, segundo soube
depois, por a última companheira ter falecido de leucemia, e por a mãe também
sofrer de cancro.
A minha família, inclusive pais, foram igualmente
abordados virtualmente por ela, fazendo-se passar por ele, a pedir
justificações do meu afastamento e desaparecimento, justificando que o meu
apoio era crucial para o bem-estar dele, devido à fase terminal da doença em
que se encontrava!
Toda a gente, que de início não teve conhecimento, se
emocionou com a abordagem que foi feita por ele, a lamentar-se da sua triste
vida e do meu afastamento!
Felizmente que os meus pais, família e amigos
chegados me ajudaram depois a sair desta história que parecia nunca mais ter
fim… foi jogo muito baixo daquela lésbica doente mental (e atenção que nada
tenho contra orientações sexuais).
Descobrimos posteriormente que as contas de facebook falsas dela são mais de 10, e
que se deu ao trabalho de criar uma rede falsa de amigos com fotos de outras
pessoas (que também descobri a origem, posteriormente), para tornar esta
história credível a quem ela tenta enganar! E o que importa para ela, é que
consegue! Porque a pessoa de quem utiliza as fotografias tem efetivamente uma
doença, e as fotos que ele posta nas redes sociais em hospitais e etc, são
utilizadas por ela para enganar pessoas!
E hoje, sempre que tento alertar alguém que eu sei
que está a ser vítima dela com o mesmo esquema, chamam-me doida! Tal não é a
credibilidade daquele perfil e a persuasão das suas palavras!
Tive vergonha, durante muito tempo que tal me tivesse
acontecido, mas o meu pai sempre me disse que não devemos nos envergonhar se
agirmos de consciência tranquila e de coração cheio!
E eu que pensava que estas coisas… só em filmes!
Sem comentários:
Enviar um comentário